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Maria Mulambo

Se eu estou catando latinha, é pra sobreviver

se eu estou catando latinha, é pra sobreviver

e quem me viu na rua varrendo no lixo

eu sei que vai dizer

vai espalhar boatos as línguas de trapo,

fofoca vai fazer

se uso roupa usada tá suja e rasgada

isso é problema meu

nunca bati na porta da sua casa

pa pedir nada do que é meu

se eu moro em uma moloca

que é feita de lata na beira do lixao

eu tenho dois tijolos

e uma chapa que faco de fogao

e o meu lenco é de jornal

é minha cama eu fiz de papelao

seu sei que eu sou pobre

porém sou nobre

e sou muito feliz

é porque ser maria mulambo nessa vida

foi tudo o que eu sempre quis

​

jA deu a minha hora ate um dia moco

as almas do meu lixo me esperam, ja vou!

quando a saudade apertar e so chamar por mim

essa alma de mulambo que passou por aqui (bis)

eu sou a rainha mulambe

coroa de lata brilha como o sol (bis)

porque eu sou maria e trabalho no alem

o segredo feitico nao ensino ninguem

eu nao ensino ninguem, eu nao ensino ninguem,

o segredo feitico nao ensino ninguem

​

Gira gira mulambo gira eu quero ver, en la kalunga

Gira gira mulambo gira eu quero ver, en la boca de um lixo

Sua corona de lata ilumina madrugada

Eu vou estar contigo ate amanecer

Habrá a lumba, habrá un lixo,

vem mulambo faz feticio.

​

Tenda tenda e, tenda tenda, e

Tenda tenda pompagira tendaio

O gira pompo pompo gire

O gira pompo pompo gira

​

Maria Mulambo de ganga e

Maria mulambo de ganga

Piso alambe

Piso barro

Piso lodo eu no caio

Gallo canta cobra pia

Quero ver quien llamo por maria

​

Escuite oque eu vim te dizer

Minha historia eu vim contar so pra voce

Porque hoje eu sei sorrir

Muito chorei para chegar ate aquí.

Nas terras aonde me criee,

Era filha de un poderoso rey,

Que era amado por su povo,

Y todos respeitava sua ley.

Mas como tudo nessa vida, nao es un mar de rosas

Uma tragedia aconteceu,

Meu pai foi asesinado, envenenado con el vino que bebeu.

la culpa de sua morte,

Caiu sobre minhas costas, como se foce maldicao

Fui chamada de bruxa feiticeira,

Julgada y acusada pelo meu propio irmao.

Nem bem o dia amanheceu,

Em plena praca me amarraram na figueira,

Com sentencia eo veredicto,

Que seria ali quemaida na fogeira.

Quando bateu o meio dia

Na mao do carrasco uma tocha se acendeu

Eu so sentí o calor do fogo,

Fui sufocada com a fumaca que subiu.

Foi nesta hora que eu morri

Mas hoje sei que pro mundo das almas renaci,

So estou contando para voce,

Tudo que passei pa chegar ate aquí.

Hoje eu me chamo Maria Mulambo,

E vou andando por onde o mestre me conduz

Nao tenho ravia a dos humanos,

Pois sao sus oracoes que me levan en dirección a luz…..

​

Macumbeira da noite

Teu quilombo te chama, (bis)

Teu calderao tem feiticio

E veneno de vivora mamba, (bis)

Con sua bassoura de trapo,

Ela vem varrendo egum,

Desfacendo magia brava

Girando con povo de exu, (bis)

E mulambo que gira no lixo

Ela no da punto senhor,

So va descanzar seu enemigo,

Ela vem rastejando no po, (bis)

Es como veneno da cobra,

Mulambo da nada e tirana, (bis)

Ela tem poder da magia,

Elha nao rejeita demanda. (bis)

​

Eu arriei, em um cruzeiro fechado

sete garrafas de marafo e sete maços de cigarro

galinha preta, farofa, vela e um dendê

buque de flôr de difunto, pô de pimenta, um padê

veio a mulambo, com a vassoura de trapo

mechendo em um caldeirao,

fervendo sangue de gato

Ela é bruxa das almas ela é o exu

na boca do lixo é maria mulambo (bis)

Eu andaba, fumando e bebendo mulambo

eu fiquei em um abandono, perdi a mulher que amo

a mulambo amarro um casal de bonecos do farrapo

matou cuatro pés no buraco, e até hoje eu sou grato

eo nome desta bandida,

costurou na boca de um sapo

Ela é bruxa das almas ela é o exu

na boca do lixo é maria mulambo (bis)

​

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